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Qua, 27 Nov 2019 18:53:00 -0200
MCTIC lança o Programa Ciência no Mar
O programa tem como objetivos o enfrentamento imediato do derramamento de óleo na costa brasileira e outras iniciativas para gerar conhecimento e soluções para nossos mares e áreas costeiras e contará com pesquisas dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia.O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) lançou nesta quarta-feira (27) o Programa Ciência no Mar MCTIC, que tem como objetivos o enfrentamento imediato do derramamento de óleo na costa brasileira e outras iniciativas para gerar conhecimento e soluções para nossos mares e áreas costeiras. "É necessária uma resposta rápida, com um trabalho baseado em dados científicos", afirmou o ministro Marcos Pontes, durante a cerimônia de lançamento do programa.
O Ciência no Mar MCTIC está centrado em três ações de curto, médio e longo prazos para produção de pesquisa, projetos e soluções tecnológicas para as demandas imediatas e também preventivas relacionadas ao mar. O trabalho terá como foco de atuação quatro áreas prioritárias: segurança alimentar; balneabilidade e impactos na saúde da população; impactos sobre ecossistema e controle e remediação.
A primeira fase do programa, mais emergencial e de curto prazo, deverá contar com cerca de R$ 8 milhões em recursos. De imediato, um levantamento será feito para avaliar a extensão dos danos e as necessidades mais urgentes relacionadas ao aparecimento de óleo nas praias brasileiras.
Essa medida inicial vai aproveitar projetos já em andamento, soluções existentes e a experiência da comunidade científica, além de encomendar novos estudos e projeto, para combater os problemas provocados pelo desastre ambiental. Para isso, foram convidados sete institutos que atuam em áreas afins à questão dos oceanos no âmbito do Programa Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), coordenado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o MCTIC.
Os INCTs Análises Avançadas; Energia e Meio Ambiente; Geofísica do Petróleo; TeraNano e aqueles que formam o Grupo Mar (AmbTropi, Oceanos e Mar COI) elaborarão um plano de trabalho para contribuir com o enfrentamento emergencial do derramamento de óleo no litoral do Nordeste. "Os INCTs são redes já estabelecidas, com competência comprovada para dar pronta resposta a questões urgentes, como pudemos ver na questão da epidemia da Zika, quando foi feito esforço parecido junto aos INCTs para buscar soluções emergenciais", explica o presidente do CNPq, João Luiz Azevedo.
Cerimônia de lançamento do Programa. Da esquerda para a direita: O diretor do Departamento de Hidrografia e Navegação da Marinha, almirante de esquadra Marcos Olsen; o secretário de Políticas para Formação e Ações Estratégicas do MCTIC, Marcelo Morales; o ministro Marcos Pontes; o presidente do CNPq, João Luiz de Azevedo e a diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Camile Sachetti. Foto: Roberto Hilário/CNPq
O segundo projeto, de médio prazo, será a chamada pública programada para o início de 2020. A chamada será realizada em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e contará com cerca de R$ 20 milhões. Um edital definirá a construção de um plano articulado para as áreas prioritárias entre o MCTIC e outros parceiros, como Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) e outros ministérios. Essa cooperação científica buscará prevenir e combater outros desastres desta natureza que possam ocorrer.
INPO
A terceira ação será a reformulação do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO) como organização social até o fim de 2020. ¿Em um país com um litoral tão extenso como o Brasil, esse instituto é essencial¿, ressaltou o ministro Marcos Pontes. A expectativa é de que o INPO conte com um orçamento inicial de cerca de R$ 20 milhões por ano. A nova organização social vai centralizar todas as pesquisas do segmento, laboratórios e navios, responsáveis pelo monitoramento da costa do País, que tem mais 7.300 quilômetros.
Todo o Programa Ciência no Mar MCTIC foi desenvolvido em articulação com o Grupo de Acompanhamento e Avaliação da Marinha (GAA) e com participação da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). ¿Esse programa demonstra a capacidade de ação conjunta entre o ministério, outros órgãos e entidades científicas para obter resultados de impacto nacional, para o país¿, destacou o ministro Marcos Pontes.
A cerimônia de anúncio do Ciência no Mar MCTIC contou com a participação do presidente do CNPq, João Luiz Azevedo; do presidente da Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Evaldo Vilela; do diretor do Departamento de Hidrografia e Navegação da Marinha, almirante de esquadra Marcos Olsen; do secretário de Políticas para Formação e Ações Estratégicas do MCTIC, Marcelo Morales; e da diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Camile Sachetti.
As ações e resultados do Programa Ciência no Mar MCTIC poderão ser consultados no site www.ciencianomar.mctic.gov.br, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), uma unidade de pesquisa do MCTIC. Já está disponível no site, entre outras informações, um mapa interativo que apresenta o impacto do derramamento de óleo no litoral brasileiro.
Com informações da Ascom/MCTIC
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Sex, 22 Nov 2019 13:58:00 -0200
Seminário reúne 105 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia
Coordenadores e membros dos 105 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) estiveram reunidos esta semana, em Brasília (DF), para apresentar os resultados dos seus projetos. Eles participaram do 3º Seminário de Avaliação dos INCTs, realizado pelo CNPq, em parceria com o MCTIC e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).Controle de pragas, melhoramento genético do café e de citros, impactos da poluição do ar e da água; polinização; sequestro de carbono; produção e uso de biocombustíveis; otimização da exploração e produção de petróleo, gás e carvão mineral; eficiência energética e sustentabilidade em edificações; óptica focada em promover soluções para problemas de saúde e melhorias na agricultura; déficits de aprendizagem; análises das realidades brasileiras, contribuindo para a criação de políticas públicas; sensores para diagnósticos a baixo custo de doenças; prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis; desenvolvimento de fármacos, biofármacos, imunobiológicos, kits para diagnósticos, etc; estudos sobre doenças tropicais negligenciadas.
Essas são apenas algumas das linhas de pesquisas desenvolvidas pelos 105 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, os INCTs, programa estratégico do Governo Federal coordenado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Para acompanhar e avaliar o andamento de todos esses estudos, os coordenadores e membros desses institutos estiveram reunidos esta semana, em Brasília (DF), para apresentar os resultados dos seus projetos. Eles participaram do 3º Seminário de Avaliação dos INCTs, realizado pelo CNPq, em parceria com o MCTIC e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).
Presidente do CNPq fala durante abertura do evento. Foto: Marcelo Gondim/CNPq
O seminário, que aconteceu entre os dias 19 e 21 de novembro, teve como objetivo avaliar a execução dos projetos e dos seus resultados, possibilitando conhecer e divulgar os conhecimentos, as tecnologias e as inovações decorrentes do desenvolvimento das ações que o CNPq financia no âmbito do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia.
Durante o evento, o presidente do conselho, João Luiz Azevedo, destacou que os institutos têm a capacidade de apresentar respostas rápidas a diversas demandas da sociedade. Azevedo lembrou o caso do Zika Virus, cuja epidemia foi objeto de pesquisas realizadas por INCTs que levaram a diagnósticos precisos para que o país pudesse enfrentar o problema com eficiência. E anunciou a criação de uma articulação recém estabelecida entre CNPq, MCTIC e INCTs para estudar o derramamento de petróleo no litoral brasileiro e apresentar soluções imediatas.
Por fim, o presidente do CNPq reforçou a importância do Seminário "que tem o objetivo não só de acompanhar e avaliar os nossos INCTS, mas também de dar transparência ao uso dos investimentos públicos em ciência e tecnologia e inovação permitindo o monitoramento de como esses recursos estão sendo usados por parte da sociedade", afirmou.
A diretora do CGEE, Regina Silverio, lembrou que o Centro contribui com a avaliação do programa dos INCTs como um todo. De acordo com ela, a ideia é apresentar ao público os resultados e fazer um aprimoramento da avaliação dessa iniciativa. "Nós fizemos no ano passado um estudo exploratório para avaliar o quanto o programa tem de potencial de inovação. Vimos que a interação dos institutos com as empresas e startups é bastante promissora", disse.
Na ocasião, o secretário de Políticas para a Formação e Ações Estratégicas do MCTIC, Marcelo Morales, ressaltou a necessidade de se comunicar a importância da ciência para a solução dos problemas nacionais. "A economia hoje é baseada no conhecimento. É extremamente importante dar essa mensagem. A ciência brasileira é que vai colocar o país no patamar de economia de nações desenvolvidas", afirmou.
Foi um evento estratégico para o Programa por ser uma oportunidade de se identificar os avanços alcançados pelos INCT, além de permitir que se visualizem oportunidades de aprimoramento e de eventuais ajustes de metas e/ou cronogramas. Além disso, em ação conjunta entre CNPq, FINEP e SEBRAE, foram promovidos encontros dos coordenadores dos INCTs com setor empresarial e órgãos governamentais no intuito de prospectar futuras parcerias para criação de produtos ou serviços resultantes das pesquisas realizadas, ações de aprimoramento de políticas públicas a partir do conhecimento gerado, entre outras iniciativas.
Apresentação de projetos dos INCTs na salas temáticas do Seminário. Foto: Roberto Hilário/CNPq
Confira o álbum de fotos completo do evento https://flic.kr/s/aHsmJwT1re
Audiência Pública
Na manhã da quinta-feira, 21, o financiamento dos INCTs foi tema de audiência pública na Frente Parlamentar Mista de Ciência Tecnologia Pesquisa e Inovação, no Senado Federal, que contou com a participação do CNPq, representantes da comunidade científica e coordenadores dos INCTs, além dos parlamentares.
A audiência contou com a presença do presidente do CNPq, do Senador Izalci Lucas, do Deputado Vitor Lippi, do presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Ildeu de Castro, o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, do presidente da ABIPT, Paulo Foina, do Prof. Vanderlei Bagnato da Universidade Federal de São Paulo (USP), dentre outros pesquisadores.
O INCT
Criado em 2008, o programa é acompanhado diretamente pela Casa Civil e engloba grandes projetos de pesquisa de temáticas complexas e estruturados em subprojetos, muitos dos quais descentralizados nos diferentes laboratórios e centros que integram a rede de pesquisa. O INCT contempla institutos formados por uma instituição sede com excelência em produção científica e/ou tecnológica, alta qualificação na formação de recursos humanos e com capacidade de alavancar recursos de outras fontes, e por um conjunto de laboratórios ou grupos associados de outras instituições, articulados na forma de redes científico-tecnológicas, com uma área ou tema de atuação bem definidos, em área de fronteira da ciência e da tecnologia ou em áreas estratégicas do Plano de Ação em CT&I.
O Programa, apoiado pelo CNPq e MCTIC, conta, ainda, com a parceria do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Os institutos que participaram do evento foram projetos aprovados em duas chamadas: 3 selecionados pelo Edital 71/2010, que totalizou investimentos da ordem de R$ 39 milhões, e 102 selecionados pelo Edital 16/2014, um investimento total de R$ 660 milhões.
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Seg, 18 Nov 2019 18:35:00 -0200
Seminário avalia pesquisas em tecnologias sociais
O CNPq recebe, esta semana, coordenadores dos 61 projetos contemplados pela chamada de apoio a pesquisas em tecnologias sociais lançada em 2018, uma parceria entre CNPq, MCTIC e Ministério da Cidadania. A abertura do evento aconteceu nesta segunda, 18. O encontro tem como objetivo acompanhar os resultados já obtidos pelos projetos, avaliar o andamento das pesquisas e trocar experiências.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) recebe, esta semana, coordenadores dos 61 projetos contemplados pela chamada de apoio a pesquisas em tecnologias sociais lançada em 2018. A abertura do evento aconteceu na sede da agência, em Brasília, nesta segunda, 18. O encontro tem como objetivo acompanhar os resultados já obtidos pelos projetos, avaliar o andamento das pesquisas e trocar experiências.
O Diretor do CNPq, Vilson Rosa de Almeida, ressalta a importância dos encontros de avaliação de projetos, durante a abertura do evento. Foto: Marcelo Gondim/CNPq
Segundo o Diretor de Cooperação Institucional do CNPq, Vilson Rosa de Almeida, essa iniciativa é importante para alinhar os objetivos das pesquisas apoiadas e maximizar os impactos sócio-econômicos dos projetos. O diretor reforçou que a avaliação dos projetos é uma etapa fundamental para cumprimento da missão do CNPq de fomentar pesquisas estratégicas para o país.
A Coordenadora-Geral de Tecnologias para Programas de Desenvolvimento Sustentável e Sociais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Sônia da Costa, ressaltou a importância de pensar a ciência e a tecnologia como estímulo da geração de emprego e renda e inclusão social.
Durante o evento, os projetos serão avaliados a partir de três linhas de atuação: Desenvolvimento Ambiental, Desenvolvimento Econômico Social e Desenvolvimento Rural. Além disso, estão expostos, no hall do CNPq, pôsteres e produtos resultantes das pesquisas desenvolvidas.
Ao final do evento, será elaborada a "Carta de Brasília em Tecnologia Social", que apontará parâmetros para o financiamento de pesquisas em chamadas futuras de apoio ao desenvolvimento de tecnologias sociais no país, com a perspectiva de participação das comunidades envolvidas nas ações. Segundo Sonia da Costa, o objetivo é que os participantes dos projetos "não sejam apenas beneficiários, mas co-autores da iniciativa".
Estiveram presentes na abertura do evento, ainda, a Diretora de Parcerias do Ministério da Cidadania, Fátima Regina Francischinelli; e a Diretora Substituta de Engenharias, Ciências Exatas Humanas e Sociais do CNPq, Kristiane Mattar Accetti Holanda.
A Chamada
Lançada em agosto de 2018, a chamada foi uma parceria do CNPq, MCTIC e Ministério da Cidadania e selecionou projetos de desenvolvimento, reaplicação, aperfeiçoamento, e avaliação de Tecnologias Sociais que promovessem geração de renda, inclusão no mundo do trabalho e autonomia econômica das famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e que atendessem aos requisitos de simplicidade, fácil aplicabilidade, reaplicabilidade, efetivo impacto e repercussão social. Além disso, os projetos deveriam estar relacionados a um ou mais de um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Dentro os projetos apoiados, estão iniciativas de saneamento alternativo para comunidades rurais amazônicas; reuso de água para produção agrícola em assentamentos do sermiárido nordestino; redução de vulnerabilidade de comunidades em áreas susceptíveis à desertificação; agregação de valor ao produto e geração de renda aos pescadores do Rio Uruguai, elaboração de modelo de cooperativas de prestação de serviços autônomos; agroecologia; compostagem de resíduos sólidos de baixo custo; economia solidária e agroecologia para ações em comunidades de dependentes químicos; tecnologias sociais para proteção à biodiversidade; entre outros.
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Qua, 11 Jan 2012 17:00:00 -0200
Edital para promover a Colaboração Interamericana em Materiais divulga resultados
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq/MCT) divulga hoje (15/7), o resultado do Edital 54/2010 para projetos de pesquisa no âmbito da Colaboração Interamericana em Materiais (CIAM).O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq/MCT) divulga hoje (15/7), o resultado do Edital 54/2010 para projetos de pesquisa no âmbito da Colaboração Interamericana em Materiais (CIAM). Ao todo foram selecionados sete projetos conjuntos de pesquisa, desenvolvimento em colaboração científica entre pesquisadores da Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos e México. As propostas aprovadas serão financiadas com recursos de R$ 534.784,26.
Confira a lista de aprovados
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Qua, 11 Jan 2012 16:59:00 -0200
CNPq: 60 anos de ciência
Educação é coisa séria, mas pode ser divertidaEducação é coisa séria, mas pode ser divertida
Brincar é uma das atividades mais importantes da infância. É brincando e jogando que as crianças criam, inventam, enriquecem o aprendizado e melhoram o seu relacionamento com o mundo. Inúmeros estudos educacionais vêm reforçando a importância dos jogos e materiais lúdicos na construção do conhecimento. O psicólogo e filósofo suíço, Jean Piaget, considerado um expoente no estudo do desenvolvimento cognitivo, já dizia que os jogos não podem ser vistos apenas como mero divertimento para gastar energia, pois eles favorecem também o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral.
Educação e Difusão de CiênciasFoi apoiando-se nessa e outras teorias educacionais que concluem a importância do lúdico no ensino, que o Centro de Biotecnologia Molecular Estrutural (CBME), com sede no Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo, criou em outubro de 2000, o projeto de Educação e Difusão de Ciências. Com a aprovação do Instituto Nacional de Biotecnologia Estrutural e Química Medicinal em Doenças Infecciosas (INBEQMeDI), um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), financiados pelo CNPq/FAPESP, o grupo desenvolve e oferece aos estudantes, professores e toda comunidade, novos recursos didáticos, como mídias e jogos interativos, disponibilizados na web gratuitamente.
A coordenadora do projeto e bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, Leila Maria Beltramini, afirma que projeto, atualmente, desenvolve recursos didáticos-pedagógicos nas áreas de Biologia Estrutural e Biotecnologia, aplicadas aos estudos de proteínas de alguns agentes causadores das principais doenças negligenciadas pelos grandes laboratórios farmacêuticos, como Doença de Chagas, Malária, Esquistossomose, Leishmaniose e Leptospirose.
"Transformamos idéias em recursos didáticos utilizando nossa experiência como professores da área e fazendo parcerias com profissionais de outras áreas. Estas atividades pedagógicas foram pensadas e desenvolvidas para serem utilizadas por professores em salas de aula e espaços interativos dedicados à educação e difusão das ciências", ressalta a coordenadora.
Desenvolvendo e avaliando um número considerável de recursos didáticos que são utilizados na educação em ciências, a coordenadoria de educação e difusão de ciências do CBME/INBEQMeDI, atualmente é uma referência nacional em sua área de atuação. Segundo Leila, muito dos materiais desenvolvidos foram analisados e aprovados pelo MEC e estão indicados no guia de Tecnologias Educacionais editado pelo MEC em 2009 e 2010. "Estes materiais foram avaliados quanto a sua utilização nos diferentes níveis de ensino, e os resultados foram publicados em revistas especializadas da área de educação em ciência e apresentados em reuniões científicas nacionais e internacionais", pontua.
Mídia interativa
Uma das mídias desenvolvidas pela equipe foi um software interativo sobre a Doença de Chagas, que conta com inúmeros recursos computacionais. Ao entrar no jogo, o usuário pode navegar em diversos cenários interessantes, no qual, ao clicar nos personagens e objetos da mídia, tem acesso a informações sobre aspectos diversos da Doença de Chagas. O assunto que faz parte do conteúdo a ser ministrado tanto no ensino fundamental como no ensino médio é ensinado de uma forma mais atrativa.
"Com uma linguagem simples e acessível, o estudante ou professor tem acesso a informações sobre como a doença foi descoberta, os tratamentos disponíveis, os meios de transmissão, os sintomas e como prevenir-se. O ciclo de vida do parasita e a importância do barbeiro é descrito de forma a informar com clareza a sua relação com os hábitos de moradores de regiões endêmicas. O objetivo da mídia é ensinar com prazer e diversão, já que utilizando jogos os conceitos trabalhados são adquiridos e assimilados de modo mais efetivo, se comparados ao ensino somente baseados em figuras dos livros didáticos", ressalta Leila.
O software que já está disponível para download no endereço http://cbme.usp.br/inbeqmedi/, vem sendo divulgado e distribuído em diversas escolas de ensino básico e instituições de ensino superior, tanto na área geográfica de São Carlos, como em outras cidades do Estado e outras regiões. "Neste último mês, estamos divulgando intensamente a mídia e orientando os professores a incentivar os alunos a navegar no software para pesquisar sobre a doença. Dentro de dois meses teremos milhares de cópias para serem distribuídas nas escolas de todas as regiões do país", diz.
Educação continuada
Os professores são os principais agentes para incentivar o interesse e a curiosidade dos jovens, nesse sentido, é preciso valorizar cada vez mais o trabalho destes educadores, dando especial atenção aos cursos de formação. "Nossa contribuição também atingiu a formação continuada de professores dos diversos níveis de ensino, em nossa área de atuação, particularmente no estado de São Paulo, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação. Já ministramos cursos para cerca de 1200 professores, em diferentes regiões do Estado entre 2009-2010. Este ano continuamos com este programa, atendendo três outras regiões, num total de cerca de 150 professores", destacou.
A pesquisadora afirma ainda, que o desenvolvimento social não ocorre nos países onde a educação, ciência e tecnologia não andam juntas. "Nosso desenvolvimento é a prova disso, somente quando o país despertou para a importância do desenvolvimento científico atrelado ao tecnológico é que começamos a melhorar numa série de índices. Ainda falta muito, mas o país caminha a passos mais acelerados, em relação ao seu desenvolvimento científico/tecnológico do que há 10 anos".
A pesquisadora finaliza afirmando que o apoio do CNPq e das demais agências de fomento Federais são fundamentais para o desenvolvimento da ciência e tecnologia no país. "Nos INCTs, a exemplo dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs/FAPESP) o CNPq teve e tem um papel central. Projetos em rede dão mais liberdade aos pesquisadores, fomentam o intercambio entre grupos, otimizam a aquisição e utilização de grandes e importantes equipamentos, além de serem estimulados a disseminar a ciência praticada em suas áreas de atuação. Disseminar não somente no sentido de educar, mas também de transferir ao setor produtivo os frutos de suas investigações científicas", conclui.
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Qua, 11 Jan 2012 16:57:00 -0200
SBPC conversa com vencedores dos prêmios Jovem Cientista e Destaque do Ano na Iniciação Científica
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq/MCT) apresentou, nesta quarta-feira (12/7), ao público da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que se realiza na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, os trabalhos vencedores dos prêmios Destaque do Ano da Iniciação Científica e Jovem Cientista.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq/MCT) apresentou, nesta quarta-feira (12/7), ao público da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que se realiza na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, os trabalhos vencedores dos prêmios Destaque do Ano da Iniciação Científica e Jovem Cientista.
Os projetos vão desde o ensino de Ciência e Biologia para surdos, passando por produção de combustíveis ambientalmente amigáveis, filtro para automóveis, até um sistema para economia de água e energia durante o banho.
O prêmio de Iniciação Científica (IC) é um reconhecimento aos trabalhos de destaque realizados por bolsistas de Iniciação Científica do CNPq e às instituições participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic). O Prêmio Jovem Cientista objetiva incentivar a pesquisa no Brasil e é considerado uma das mais importantes premiações do gênero, na América Latina.
Sob a mediação da coordenadora geral de Programas Nacionais do CNPq, Ana Lúcia Assad, a ExpoT&C recebeu os agraciados para um bate-papo. "O mais importante é o desenvolvimento de cada um na sua área de atuação, desde o ensino médio até a pós-graduação. É possível perceber que no fundo todos os projetos são aplicáveis. Algumas invenções chegam ao mercado, pois algumas indústrias buscam os projetos dos jovens cientistas", destacou Ana Lúcia.
Os jovens pesquisadores afirmaram que a dedicação à Ciência não interfere na vida social e que, ao contrário do que se acredita, não são "nerds". Para eles é preciso desconstruir essa imagem para estimular mais jovens a pesquisar. Outra declaração coletiva foi a de que todos buscaram soluções práticas para os problemas da sociedade, com o objetivo de ajudar o País a superar desafios atuais.
"Desenvolvi o projeto pensando na possibilidade de implantação no mercado e na economia de água que ele vai gerar. Meu sstema é bem simples de explicar, visa permitir a saída de água do chuveiro apenas quando ela já está quente. Esse desperdício de água, da saída até o aquecimento, representa 15% do consumo da residência". Explica Cleiton Spaniol.
Ricardo Aquino desenvolveu um gel capaz de filtrar 86% dos poluentes liberados pelos automóveis, além de transformar a fumaça em material utilizável para a fabricação de pneus. "O filtro já foi testado e aprovado pelo Inmetro. Até o final do ano 3800 filtros estarão em uso nos ônibus do Distrito Federal. Além disso, o custo será de R$ 120, enquanto os aparelhos convencionais custam R$ 800", ressaltou o estudante.
Já Ricardo Salviano disse que o prêmio estimulou não só a sua carreira acadêmica, mas fomentou o interesse pela pesquisa de toda a universidade, pois demonstrou que no Brasil também se faz pesquisa no interior. "O principal objetivo do meu projeto foi agregar valor ao resíduo do bioetanol, porque hoje o País ainda utiliza combustíveis fosseis devido ao custo elevado do biocombustível".
Os estudantesIC
Na categoria Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes, Pedro Henrique Witchs, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul, apresentou o trabalho vencedor da 8ª edição, em 2010, O ensino de Ciências e Biologia para surdos. Na categoria Ciências Exatas, da Terra e Engenharias, Ricardo Salviano dos Santos, falou sobre o projeto Sacarificação enzimática do resíduo da extração de óleo de pinhão-manso para a produção de bioetanol, também ganhador da 8ª edição, em 2010.
Jovem CientistaEnergia e Meio ambiente - Soluções para o Futuro foi o tema do 24º Prêmio Jovem Cientista, edição 2010. O 1º colocado na categoria Graduado, Leandro Alves de Sousa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, apresentou o trabalho, Produção de combustível a partir do hidrotratamento de óleo vegetal utilizando carbeto de Molibdênio suportado. Na categoria Estudante do Ensino Superior, o 2º colocado, Cleiton Cristiano Spaniol, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, falou sobre o seu trabalho intitulado "Sirag-sistema de redirecionamento de água em aquecedores a gás de passagem". O vencedor na categoria Estudante do Ensino Médio, Ricardo Castro de Aquino, falou sobre o seu projeto, Filtro automotor separador de poluentes.
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Qua, 11 Jan 2012 16:34:00 -0200
FAPEAM homenageia os 60 anos do CNPq
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq/MCT) realiza, entre os dias 5 e 7, em Manaus, o Seminário de Avaliação dos seus Programas. O evento acontece no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) em Manaus. Durante a abertura do evento, aconteceu uma Solenidade comemorativa aos 60 anos do CNPq.A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq/MCT) realiza, entre os dias 5 e 7, em Manaus, o Seminário de Avaliação dos seus Programas. O evento acontece no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) em Manaus. Durante a abertura do evento, aconteceu uma Solenidade comemorativa aos 60 anos do CNPq.
Representando a agência, o diretor de Cooperação Institucional do CNPq, Manoel Barral Netto, ministrou a palestra "60 anos de atuação em prol do avanço da Ciência Brasileira". Estiveram presentes na solenidade, o Secretário Estadual de Ciência e Tecnologia do Amazonas, Odenildo Sena; a Diretora-Presidenta da FAPEAM, Maria Olívia Simão e o Diretor do INPA, Dr. Adalberto Luis Val. Na ocasião também foram lançados dois Editais no valor de R$ 6 milhões em parceria entre o CNPq e a FAPEAM.
Veja as notícias na página da FAPEAM:
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Qua, 11 Jan 2012 16:26:00 -0200
CNPq: 60 anos de ciência
A saliva do carrapato tem a capacidade de matar células tumoraisQuem poderia imaginar que um parasita, que transmite febre maculosa, pode ter em sua saliva uma substância, que além da propriedade anticoagulante, possui propriedades antitumorais. Pois acredite, pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo, vem estudando moléculas existentes na glândula salivar do carrapato-estrela ( Amblyomma cajennense ), que mantém o sangue incoagulável mas também tem propriedades tóxicas para células tumorais.
A pesquisa, coordenada pela farmacêutica e bolsista do CNPq, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, teve início em 2003, tendo o objetivo mapear o mecanismo pelo qual este carrapato mantinha o sangue fluido para sua alimentação. "Buscávamos novos agentes terapêuticos para inibir a coagulação sanguínea, daí decidimos estudar a saliva do carrapato, que por ser hematófago, certamente teria componentes eficientes para manter o sangue fluido durante a sua alimentação e consequentemente estas substâncias poderiam ser almejadas como novos agentes anticoagulantes", explica a pesquisadora.
A equipe construiu uma biblioteca de cDNA, a partir das glândulas salivares do carrapato, para estudar os genes mais expressos e assim, pesquisar a presença de sequências de genes que pudessem ter similaridade com anticoagulantes conhecidos. "Comparamos essa sequência aos anticoagulantes descritos na literatura, bem como aos fisiológicos como TFPI, presente no sangue humana, e assim, elegemos um clone para expressar uma proteína recombinante no laboratório. A proteína obtida se mostrou ativa na coagulação e, a partir desse resultado outros projetos se iniciaram, uma vez que, além de anticoagulante, verificou-se que a proteína, denominado, Amblyomin-X., tinha capacidade também de matar células tumorais", diz a coordenadora.
Segundo a pesquisadora, o grupo avaliou a atividade desta molécula em culturas de células de tumores que sabidamente são capazes de promover estados de hipercoagulabilidade nos pacientes, e foi verificado que a proteína exercia atividade citotóxica para estas células, diferentemente do que ocorria com células normais.
"Realizamos experimentos in vivo , inicialmente em modelos de tumor de melanoma (hoje de pâncreas e renal) e verificamos que o Amblyomin-X demonstrou promover regressão da massa tumoral e redução de metástases. Experimentos in vitro mostraram que o Amblyomin-X afeta somente as células tumorais."Nos experimentos em camundongos, observamos que, após 42 dias de tratamento, os tumores dos animais desapareceram. Os animais tratados ficaram em observação por vários meses e permaneceram curados, o que comprova que as células normais foram preservadas", acrescenta.
Devido ao grande potencial terapêutico desta molécula, foi depositada uma patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) sendo licenciada para a empresa União Química Farmacêutica Nacional. Este depósito também está protegido pelo PCT (Patent Cooperation Treaty). Apesar dos ótimos resultados, a pesquisadora enfatiza a necessidade de percorrer um longo caminho até que seja comprovada a eficácia da substância para o tratamento de doenças humana.
"Evidentemente que para transformar a molécula em um agente terapêutico fazem-se necessárias várias etapas de desenvolvimento. Assim, investimos em processos de produção que possam ser escalonáveis, através de protocolos rastreáveis e reprodutíveis. Hoje somos capazes de produzir ate 10 litros da proteína, em leveduras ou bactérias", ressalta. Contando com o apoio da empresa sócia da patente (União Química), a pesquisadora afirma, que um lote maior de proteína será produzido brevemente, em concentração suficiente para se iniciar os testes pré-clínicos (de eficácia e segurança farmacológica).
Os vários financiamentos já obtidos (FAPESP/CAT-CEPID, CNPq, FINEP, INCT TOX), para este projeto permitiram a equipe avançar nos estudos descritos bem como na instalação do Laboratório de Inovação e Desenvolvimento, que deverá estar em funcionamento nos próximos meses. "Esta nova plataforma vai nos permitir realizar algumas fases do desenvolvimento dentro dos padrões sugeridos por órgãos regulatórios nacional e internacional", finaliza.
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Qua, 11 Jan 2012 16:18:00 -0200
Divulgada lista de projetos aprovados para desenvolver o setor mineral
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) acaba de divulgar o resultado do Edital 44/2010. Foram aprovadas 26 propostas. Ao todo o programa investirá um valor global estimado em R$ 6,8 milhões. O início da contratação das propostas está previsto para julho de 2011.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) acaba de divulgar o resultado do Edital 44/2010. Foram aprovadas 26 propostas. Ao todo o programa investirá um valor global estimado em R$ 6,8 milhões. O início da contratação das propostas está previsto para julho de 2011.
O Edital pretende apoiar atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação e de capacitação de Recursos Humanos nos temas prioritários do Projeto Tendências Tecnológicas do Setor Mineral e tecnologias para Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral.
Chamada 1
Chamada 2
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Qua, 11 Jan 2012 16:10:00 -0200
CNPq reabre inscrições ao PIBITI
As inscrições para o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) foram reabertas de hoje (5) até o dia 7 de julho, às 18h. A iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq/MCT) irá conceder cotas de bolsas de Iniciação Tecnológica.As inscrições para o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) foram reabertas de hoje (5) até o dia 7 de julho, às 18h. A iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq/MCT) irá conceder cotas de bolsas de Iniciação Tecnológica.
O PIBITI pretende estimular os jovens do ensino superior nas atividades, metodologias, conhecimentos e práticas próprias ao desenvolvimento tecnológico e processos de inovação, além de contribuir para a formação e inserção de estudantes em atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação e para a formação de recursos humanos que se dedicarão ao fortalecimento da capacidade inovadora das empresas no país.
Podem se candidatar às bolsas, instituições públicas, comunitárias ou privadas que efetivamente desenvolvam atividade de desenvolvimento tecnológico e inovação e tenham instalações próprias para tal fim e deverá estar previamente cadastrada no Diretório de Instituições (DI) do CNPq, disponível no endereço eletrônico: http://di.cnpq.br/di/
As inscrições devem ser feitas exclusivamente por meio do formulário eletrônico disponível em http://carloschagas.cnpq.br/
Confira o Edital completo
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Qua, 11 Jan 2012 14:02:00 -0200
Prefeito de São Carlos acompanha palestra de presidente do CNPq
O prefeito Oswaldo Barba participou, na manhã desta segunda-feira (4), no auditório do anfiteatro da UFSCar, da conferência "Ciência, Tecnologia e Inovação", proferida pelo presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Glaucius Oliva.O prefeito Oswaldo Barba participou, na manhã desta segunda-feira (4), no auditório do anfiteatro da UFSCar, da conferência "Ciência, Tecnologia e Inovação", proferida pelo presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Glaucius Oliva.
O reitor da UFSCar, Targino de Araújo Filho, o vice-reitor, Pedro Galetti, e o vice-prefeito de São Carlos, Emerson Leal, também participaram do evento.
O debate integrou a programação do processo de atualização do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade, visando especialmente subsidiar as discussões sobre a política de pesquisa da UFSCar. Durante a apresentação, Oliva destacou que a ciência, a tecnologia e a inovação devem ser encaradas como eixo estruturante do desenvolvimento brasileiro. "Para consolidarmos a condição do Brasil como uma das lideranças na economia mundial, precisamos investir em conhecimento e pesquisa", disse o presidente do CNPq.
Barba aproveitou a oportunidade para convidar alunos e professores da universidade para participarem da 4ª Mostra de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas Municipais, que acontece de 25 a 29 de outubro, em São Carlos.
A Mostra tem como foco a universalização das experiências científicas para a adoção de políticas públicas municipais que beneficiem a população. "E sem dúvida, a comunidade científica de São Carlos tem muito a contribuir com a Mostra", acrescentou.
Barba observou que, paralelo a esse evento, que será realizado no Pavilhão São Carlos Exposhow, acontece a 8ª Feira Municipal de Conhecimento de São Carlos, o Seminário Internacional de Ciência e Tecnologia da Rede Mercocidades, que reunirá representantes da Argentina e Uruguai, a reunião do Fórum Nacional de Secretários de Ciência e Tecnologia, Reunião da AUGM (Associação de Universidades do Grupo Montevidéu), além de atividades culturais e shows.
Quem é Glaucius Oliva
É professor titular do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), sendo diretor do Instituto de agosto de 2006 a julho de 2010. Ocupa a presidência do CNPq e, no Conselho, já exercia a função de diretor de Programas Horizontais e Instrumentais desde 2010.
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Qua, 11 Jan 2012 13:59:00 -0200
Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica 2011 já tem ganhadora
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) divulgou nesta quinta-feira (30/6), o nome da ganhadora do 31º Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica, categoria - Jornalismo Científico. A agraciada desta edição é a jornalista Ana Lúcia Vieira de Azevedo, do jornal O Globo.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) divulgou nesta quinta-feira (30/6), o nome da ganhadora do 31º Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica, categoria "Jornalismo Científico. A agraciada desta edição é a jornalista Ana Lúcia Vieira de Azevedo, do jornal O Globo.
A entrega do prêmio será realizada durante a abertura da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência (SBPC), no dia 10 de julho, na Universidade Federal de Goiás (UFG). Ana Lúcia receberá o montante de R$ 20 mil e troféu, além de passagem aérea e hospedagem para participar da solenidade.
A abertura da reunião de julgamento foi realizada pelo diretor de Cooperação Institucional do CNPq, Manoel Barral Netto. A comissão julgadora, presidida pelo professor Carlos Alberto Vogt, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), analisou as 32 inscrições, observando a qualificação, experiência e trajetória profissional; relevância da produção; contribuição para a divulgação científica, tecnológica e inovação; e a visão crítica e analítica sobre as Políticas Públicas de CT&I.
Em seu parecer, a comissão considerou que por sua experiência na divulgação da Ciência, Tecnologia e Inovação em veículo da grande imprensa nacional, a jornalista tem contribuído para levar as pesquisas de centenas de cientistas a milhões de pessoas. "Por seu trabalho de divulgação nas áreas de meio ambiente, biotecnologia e demais áreas cientificas, enfatizando os aspectos relevantes do conhecimento, o jornalismo praticado por Ana Lucia Vieira de Azevedo constituí-se de fato numa peça fundamental para as relações entre Ciência e Sociedade no Brasil".
Ana Lúcia Vieira de Azevedo
Graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal Fluminense e mestre em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ana Lúcia Vieira de Azevedo é editora de Ciência, Meio Ambiente, História e Saúde do jornal O Globo e uma das profissionais do Brasil mais experientes em jornalismo científico.
Possui mais de 20 anos de experiência e mais de mil reportagens publicadas sobre temas ligados à Ciência em jornal diário, escreveu e editou cadernos, séries e livros sobre Meio Ambiente, Arqueologia, Biotecnologia, Física e História, entre outros.
Ana Lucia também recebeu diversos prêmios da mídia nacional e estrangeira, entre eles o Prêmio Esso de Jornalismo, categoria de informação científica, ambiental e tecnológica, em 2002. Também criou a primeira seção dedicada exclusivamente à História num jornal diário brasileiro, em 2007.
História
O prêmio é uma homenagem ao médico, pesquisador, jornalista e educador José Reis, falecido em 2002, aos 94 anos de idade. É concedido anualmente em sistema de rodízio a três categorias: Divulgação Científica e Tecnológica, Jornalismo Científico e Instituição ou Veículo de Comunicação. A categoria Jornalismo Científico é destinada ao jornalista profissional que tenha se destacado na difusão da Ciência e da Tecnologia nos meios de comunicação de massa.A diversidade dos vencedores ao longo de sua história - entre os quais veículos de comunicação, instituições de pesquisa, equipes de programas de televisão, além de pesquisadores e seus trabalhos individuais - comprova a importância do Prêmio José Reis em motivar a criação dos mais diferentes mecanismos de divulgação científica no Brasil.
Comissão Julgadora
A Comissão Julgadora, nomeada pelo Presidente do CNPq, Glaucius Oliva, foi composta por Carlos Alberto Vogt, UNICAMP, presidente da comissão; Emir José Suaiden, IBICT; Lacy Varella Barca de Andrade, TV Brasil; Simone Terezinha Bortoliero, UFBA; Osmir de Jesus Nunes, Associação Brasileira de Divulgação Científica; Ricardo Gabas Zorzetto, Associação Brasileira de Jornalismo Científico; José Eulálio Cabral Filho, Associação Brasileira de Editores Científicos; e Rute Maria Gonçalves de Andrade, SBPC.
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Qua, 11 Jan 2012 13:49:00 -0200
CNPq: 60 anos de ciência
Análise de esgoto permite mapear áreas de consumo e refino de drogasAnálise de esgoto permite mapear áreas de consumo e refino de drogas
Acervo Caesb
Estimar o consumo de drogas ilícitas como cocaína, crack, morfina, anfetaminas, entre outras, não é uma tarefa fácil no Brasil. Atualmente os dados se baseiam em apreensões feitas pela polícia, associados às informações disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acredita-se que estas estimativas estejam muito abaixo dos indicadores reais, dessa forma, é necessário desenvolver uma ferramenta rápida, confiável e de baixo custo para saber quanto, onde e que tipos de drogas estão sendo consumidas pela população, instrumentos importantes para subsidiar políticas públicas.Nesse sentido, o Instituto Nacional de Ciências e Tecnologias Analíticas Avançadas (INCTAA) desenvolve uma ferramenta de mapeamento por meio da análise de esgoto doméstico, sob a coordenação professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e bolsista do CNPq, Wilson F. Jardim. Essa abordagem é inédita no Brasil e começou a ser praticada em alguns países apenas neste século. "É uma excelente ferramenta não apenas para ajudar na repressão ao consumo de drogas ilícitas, mas tem um caráter bem mais amplo e nobre, servindo para nortear programas sociais de reabilitação de usuários, conhecer áreas de maior consumo dentro de um espaço urbano, acompanhar a evolução do consumo e comércio de novas drogas e detectar laboratórios de refino", explica o pesquisador.
O procedimento se baseia na coleta representativa das amostras de esgoto nas estações de tratamento, dentro de uma janela temporal conhecida. As amostras são tratadas a fim de permitir sua análise por uma técnica instrumental denominada LC-MS/MS, ou seja, cromatografia líquida acoplada a um espectrômetro de massas. A maior contribuição do estudo foi o desenvolvimento de um aparato para a manipulação das amostras com o mínimo de contato humano, diminuindo as contaminações, bem como a estratégia para calcular valores confiáveis.
" Quando um usuário consome um determinado tipo de droga, a mesma é metabolizada no organismo sendo depois excretada no esgoto. Utilizando métodos e equipamentos de análise muito sensíveis, é possível identificar e quantificar o quanto dos metabólitos e da droga original estão presentes numa amostra de esgoto. Se esta amostra é coletada numa Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), podemos estimar o quanto da droga foi consumida num bairro ou numa região da cidade", ressalta Jardim.
Área de teste
Em parceria com a Polícia Federal, a Universidade de Brasília e a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB), os precedimentos foram testados em Brasília para estimar o consumo de cocaína e outras drogas ilícitas. Foram realizadas duas campanhas amostrais, que somados apontaram para o consumo anual de aproximadamente 1,1 tonelada de cloridrato de cocaína. Valor muito superior a estimativa feita por meio de apreensões, que chegam a menos de 400 quilos por ano. A região com maior consumo per capita foi a cidade de Samambaia, seguida da Asa Norte. O consumo médio anual no DF foi estimado em 4,6 doses por habitante.
"Através da análise do esgoto, podemos ver as tendências de consumo em tempo recorde, o que seria de imensa valia para a sociedade. Por exemplo, a explosão no consumo do crack poderia ter sido antecipada há muito mais tempo usando o saneamento forense, permitindo assim que o Estado se aparelhasse e se preparasse melhor para atacar este problema tão devastador", destaca o pesquisador.
Para Wilson, é importante ressaltar que a pesquisa é limitada por que o saneamento é precário. "A estimativa do consumo de drogas demanda uma malha coletora de esgoto eficiente e abrangente, atualmente, são poucas as cidades brasileiras que poderiam ser mapeadas adequadamente para este fim. Seria necessário um investimento de R$ 15 milhões para termos uma radiografia preliminar do problema nas principais capitais brasileiras. A PF seria um grande aliado para manter esta estrutura de coleta e análise, ao disponibilizar seus laboratórios para suporte, uma vez que atua em todo o território nacional", finaliza.
História
O interesse pelos contaminantes emergentes em geral surgiu no Laboratório de Química Ambiental do IQ da UNICAMP em 2006, com o início das pesquisas sobre a contaminação dos mananciais da cidade de Campinas por compostos não legislados. Com o INCTAA aconteceu a expansão do programa visando mapear o consumo de drogas ilícitas, atividade pioneira no Brasil. O projeto conta com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).